9 de ago. de 2021

Júpiter | 8 agosto 2021

Visibilidade do seu observatório:
Novo Hamburgo 2021-08-08 22h17m00s ( -03 )
Hora Universal: 2021-08-09T01:17:00
Azimute: 78°19'10"
Altitude: +44°59'10.9"
Magnitude: -2.9

Telescópio Coletti 115 mm /700 mm| f/6
Ocular: TMB 9mm (77,7x) + barlow 2x (155,5x)

Noite de 7 de agosto - Yamatar 76.2 mm.
Desde a noite anterior, 7 de agosto, vinha observando Saturno e Júpiter com o refrator Yamatar. Um telescópio munido de 76.2 mm de abertura e uma distância focal de 1250 mm, f/16.4.
Saturno ainda mostra-se muito amarelado no refrator, mal percebe-se a divisão de Cassini, entretanto, em Júpiter, já a partir de 50x de ampliação é possível vislumbrar uma imagem do gigante gasoso e o trânsito de seus satélites naturais com uma imagem muito bem definida e resolvida.

Com uma TMB 9 mm e ampliação de 138,8x a imagem é excelente mesmo que numa ampliação quase que 2x o diâmetro da objetiva.
Entretanto, nem tudo são flores, observadores amadores e saudosistas de telescópios vintage descrevem suas observações com até 300x com um telescópio de mesmas especificações. Mas aqui o critério já não é somente a qualidade do equipamento, mas sim, as condições atmosféricas - seeing - do respectivo local.

Ao tentar uma ampliação mais robusta, TMB 9 mm + barlow 2x (277,7x), ainda vemos todos os aspectos, porém, com uma esfera planetária obviamente maior mas uma imagem com tais informações um pouco turva. Na minha experiência sobre essas observações, sabendo que determinado equipamento pode ampliar até mesmo 3x D, se as condições atmosféricas, principalmente com uma umidade mais moderada e jet streams mais elevados com velocidade inferior a 14 m/s, esse aspecto é melhorado e teremos uma imagem ainda melhor. Sobre os relatos em ampliações de até 300x em planetas, foram descritas por observadores experientes aos quais levo fé. Infelizmente resido quase que no centro de uma cidade com uma poluição luminosa alta, mesmo que com menos de 300 mil habitantes. Prédios elevados, linha do trem sempre iluminada. Felizmente, a iluminação urbana está sendo substituída por lâmpadas de led, mesmo assim, seria mais eficiente para combater a PL, se fossem focadas para baixo com um anel metálico ao redor do suporte, evitando sua dispersão. 

Noite posterior, 8 de agosto - Coletti 115 mm.
Prosseguimos agora com o refletor de 115mm f/6, um dobsoniano médio de mesa, com uma montagem totalmente manual altazimutal.
Nesta específica noite a observação fitou somente Júpiter, partindo com uma TMB 9 mm (77,7x) e posteriormente com a barlow 2x (155,5x).

A imagem do disco planetário é um pouco diferente, no refrator devido a sua d/f mais longa, podemos observar uma "esfera planetária", já no refrator o volume da esfera não é tão evidente, podendo ser descrito com um disco planetário. Entretanto, isso pode variar principalmente com ampliações mais elevadas e até mesmo com o uso de algum filtro colorido ou o famoso polarizador variável, que utilizo muito neste refletor para observação lunar.

Mesmo com essa, eu diria, mínima perda, o ganho em resolução nos detalhes da atmosfera gasosa são muito evidentes. Eu poderia dizer que, no refrator, a imagem com ampliações mais elevadas seria uma tela de uma televisão analógica, já no refletor, devido a sua maior potência (maior abertura), tal imagem seria vista numa tela full HD de um monitor atual. Não venho aqui comparar tal observação com os respectivos equipamentos a fim de dizer qual é o melhor, são telescópios de diâmetros diferentes e distância focal também diferentes sendo também, impossível ter noites de seeing ideênticos.

Nesse caso, se quisermos um telescópio com um contraste e imagem de literalmente cair o queixo, se eu optar num próximo investimento, certamente será um Coletti 115 mm / 1000 mm, um refletor f/9.

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