22 de jul. de 2021

Saturno e Júpiter - dobradinha | 21 julho 2021

Refletor newtoniano | D: 115mm | d/f: 700mm | f/6

Oculares: Starguider 15mm 46x | TMB 9mm 77,7x | TMB 7mm 100x

Barlow 2x + 9mm 155,5x | Barlow 2x + 7mm 200x

Seeing estimado 3.5

Desenhos conforme imagem espelhada h/v em newtonianos


Magnitude: 0.2

Data: 2021-07-21 22h00m00s ( -03 )

TT: 2021-07-22 01h01m11s

Novo Hamburgo 2021-07-21 22h00m00s ( -03 )

Hora Universal: 2021-07-22T01:00:00 JD=2459417.54167

Azimute: 87°27'29"

Altitude: +43°25'57.7"

Satélites naturais visíveis: Rhea (acima esq) e Mimas abaixo dir) marcadas com "x" - desenho espelhado









Magnitude: -2.8

Data: 2021-07-21 22h30m00s ( -03 )

TT: 2021-07-22 01h31m11s

Novo Hamburgo 2021-07-21 22h30m00s ( -03 )

Hora Universal: 2021-07-22T01:30:00 JD=2459417.56250

Azimute: 87°01'50"

Altitude: +30°31'42.1"

Satélites naturais visíveis: de cima para baixo marcadas com "x" -  desenho espelhado | Ganymede > Callisto | Io | Europa 




Sobre a observação
Aqui em latitude -29° e longitude -51° e durante o inverno, a dificuldade para observações a partir de 40° de elevação é enorme. Um bom seeing ou apenas razoável é uma loteria, mas temos o site METEOBLUE para verificar e também bons aplicativos.
O interessante é que nessa época do ano, onde Saturno e Júpiter se fazem presentes mais cedo da noite, baixas elevações podem proporcionar uma boa observação por mais estranho que seja, isso implica entre 20° a 35° de elevação. Muitas vezes, acima de 30° ou 40°, os ventos a partir de 8 km de altitude - jet stream - complicam muito o astro observado mesmo com uma boa transparência e ventos de menos de 25 m/s.

Em certas noites pode também ocorrer o contrário, baixas elevações com uma imagem distorcida e boas imagens acima de 30° e 40°. A umidade é fator crucial, quando abaixo de 70% e mesmo com ventos na média de 24 m/s vale a pena colocar o olho na ocular.
As ampliações planetárias com melhores detalhes ficam entre 80x a 100x, entretanto, para até 200x de ampliação é algo que temos de ir testando se a noite está propícia.

Saturação na cor em Saturno
Outro fator relevante é o tom amarelo muito saturado em Saturno, há estudos que que indicam que oculares podem proporcionar isso, mas nesta noite - vide postagem - pude aferir o que causa essa saturação; um seeing ruim com umidade em excesso, pelo menos aqui na minha região.

Ficar de olho nas estatísticas do seeing em sites confiáveis, colocar o olho na ocular e evoluir a acuidade visual além de aclimatar por um bom tempo o seu OTA, faz uma enorme diferença na qualidade das observações.

Boa observações e céu limpo a todos!

2 comentários:

  1. Olá Adriano!

    Parabéns pela iniciativa deste blog e por compartilhar experiências em visualização!

    Tenho observado muito Júpiter e Saturno esses dias e como você, tenho bastante dificuldade quando os planetas estão acima de 40°. Estou em Sorocaba e meu equipamento é um Celestron 70/700, enquanto espero ansioso pelo meu 114.

    Com relação às oculares, queria saber sua opinião sobre a TMB: para o meu telescópio e com a mesma ampliação (116x, que é o máximo que consigo ter uma boa nitidez em noites de bom seeing), tenho observado que a imagem da TMB é bem mais escura do que a combinação de uma Omni Plossl + Barlow.

    Você já observou algo assim também? Acredito que em parte, essa situação deve ser consequência da baixa abertura do meu telescópio.

    Abraço e boas observações!

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    Respostas
    1. Faaaala Elton! TMB, tenho a 9 e 7 mm. É comum, independente da distância focal de um telescópio, a 7 mm TMB dar mais contraste, amarelado, além de escurecer bem o céu de fundo. Tanto no refrator d/f 16.4 e no Coletti d/f 6 produz o mesmo aspecto visual. Claro que num refrator de d/f mais longa isso fica ainda mais acentuado, no Coletti um pouco menos intenso, entretanto, a característica é a mesma.
      Coletti TMB 7 mm = 100x, já no refrator - Yamatar - a ampliação vai para 178,5x.
      Isso de fato é bom, porque você pode observar a Lua cheia sem a necessidade de um filtro polarizador, que é o meu preferido, pois além de graduar a intensidade da luz não afeta a cor do objeto observado. Já a TMB 9 mm - 77,7x no Coletti e 138,8x no refrator, não produz esse contraste amarelo, a Lua na fase cheia, crescente ou seja qual for fica normal como em qualquer ocular como as Plossl ou Starguider de d/f mediana ou maior.
      Para as oculares que não contrastam tanto, o ideal mesmo, pela minha experiência, é aguardar a Lua começar a minguar, ou entrar na fase crescente para ir observando com melhor contraste, principalmente no limbo e as crateras que vão surgindo no terminadouro.

      Assim que eu fizer mais observações com a 7 mm venho comentar aqui.
      Abs!

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